A racionalidade contemporânea, que tudo pode e tudo quer quantificar, naturalizou a existência do absurdo ilógico. Pensar em algo como uma evolução natural é produzir monstros estando em sono perpétuo e eterno. Mas, diferente de Goya, seja lá qual for minha livre interpretação sobre isso, a razão não dorme mais; não tem a possibilidade de criar monstros: ela própria se tornou monstro. A expressão maior disso: o Progresso!
O texto abaixo é de minha autoria. Encontra-se em minha página de contos e poesias:
recantodasletras.uol.com.br/autores/HusaniKamauSalve reflexivo do Subsolo!
"O sono da Razão produz monstros" - Goya 1799
...ou fazíamos isso ou continuávamos inertes como a grande maioria dos fantoches e veríamos a vida passar diante de nós enquanto ficássemos sentados, estáticos e extáticos, observando, dizendo: "olha, ali vai minha vida." E com um pouco de consciência crítica diríamos, nessa inércia: "como sou medíocre!"
* * *
...inertes nesse plano; sem consistência. A violência que nos aplicam, simbólica ou não, é assimilada em todos os caracteres, em todas as suas formas. A mediocridade autônoma chegou ao cume: não há mais cenas novas, não há mais ciúme; não há mais mundo, não há mais reflexão. O que há, única coisa que resiste nesse absurdo, enfim, é morte! * * *
...ou vivíamos isso ou debandávamos à morte, à inércia desse movimento estático... A vida passaria, sim! Mas, com um pouco de criatividade gritaríamos: "medíocres aqueles que ainda vivem o Progresso!"Husani Kamau
Disponivel em: http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/1710718
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