sexta-feira, 21 de maio de 2010

Véio Barbudo [Karl MARX]

 Jovem Marx, à época do famoso Manifesto Comunista
Karl Heinrich Marx, um dos filósofos alemães do séc. XIX, criador do Materialismo Histórico a partir da Dialética hegeliana. Influenciado por toda a história da Filosofia, de Demócrito, Epicuro e Aristóteles  à Vico, Spinoza, Descartes, Rousseau, todo o Idealismo Alemão e etc., além de, principalmente, Kant e Hegel, os Economistas Clássicos Inlgeses e o Socialismo francês. Foi o grande pensador que desvendou os 'mistérios' da formação social capitalista, que influenciou quase todos os pensadores do século XX e, até hoje, é leitura e base indispensável para se entender o Capitalismo junto às suas grandes crises. 
Marx é o meu grande inspirador; é de sua teoria que parto para fazer todas as análises que fiz até o momento: o 'Véio Barbudo' é indispensável! 
Abaixo encontram-se dois textos de minha autoria: o primeiro é uma Resenha Crítica do texto de Edgar de Decca; o outro, sobre o Fetiche do Capital e da Produção. É só um pedacinho desse grandíssimo Filósofo. Tá aí. Pode ler, comentar, criticar ou seja lá o que for!
Salve Histórico-Dialético do Subsolo!

 Karl MARX & Friedrich ENGELS

         Vida e Obra: Karl Heinrich MARX nasceu em 5 de maio de 1818, na cidade de Treves, no sul da Prússia Renana, região que hoje é parte da Alemanha, nas fronteiras com a França. O pai de Karl, o advogado Hirschel Marx, era filho de rabino judeu, e apesar disso, estava afastado da religião de seu pai e era um livre-pensador, familiarizado com os livros dos ideólogos da Revolução Francesa, liberal moderado, admirador de Lessing, Voltaire e Rousseau. A mãe era holandesa e chamou-se, quando solteira, Henriette Pressburg; também descendia de rabinos judeus. Eram pequeno-burgueses prósperos da região de Treves. Com a conquista da região do Reno pela Prússia em 1815, antes anexada à França, após da derrota de Napoleão, os judeus ficaram em condição desconfortável por conta do governo reacionário, antisemita e antifrancês de Frederico Guilherme III. Com isso, o pai de Karl aderiu ao Protestantismo e mudou seu nome de Hirschel para Heinrich. Karl era o 3º de nove filhos do casal Marx.
             Na adolescência, no ginásio do Estado, Karl Marx fez amizade com Edgar Von Westphalen, filho do Barão Ludwig Von Westphalen, vizinho da família Marx. Karl virou amigo do Barão e levava longas conversas com ele. Se com o pai Marx aprendeu a admirar os filósofos racionalistas franceses, com o Barão aprendeu a admirar Homero e Shakespeare, admiração que preservou até o fim da vida. Do segundo casamento o Barão teve 3 filhos: um homem (Edgar) e duas mulheres. Uma dessas mulheres era amiga íntima de Sofia, a irmã mais velha de Karl, e chamava-se Jenny que, não obstante, era 4 anos mais velha que Karl; no entanto, ambos iniciaram um romance que haveria de uni-los pelo resto de suas vidas.
            Marx foi para a pequena cidade de Bonn, fazer estudos universitários em 1835. Não durou muito por lá. Em 1836 o seu pai o mandou para Berlim, onde teve contato com o grupo chamado de hegelianos de esquerda. Porém, com a morte de Frederico Guilherme III, seu sucessor Frederico Guilherme IV se mostrou ainda mais reacionário. Para defender sua Tese de doutoramento, Marx foi para a Universidade de Jena e lá obteve o título com a Tese “A Diferença entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e Epicuro”.
           Sem sucesso na carreira acadêmica, Marx resolveu expor suas idéias pelos jornais. Enviou um artigo para os Anais Alemães, dirigido por seu amigo Arnold Ruge, que, entretanto, não pode publicá-lo por causa da censura. Mas ruge o enviou para o Anedota, revista de Zurich. Marx, por sua vez, começou a escrever para a Gazeta Renana, de Colônia. Seus artigos fizeram tanto sucesso que em outubro de 1842 ele se mudou para a cidade e passou a dirigir o jornal. 
           Em julho de 1843 Marx se casa com Jenny. No mesmo ano, com Ruge, pensou em editar os Anais Franco-Alemães. Mudou-se para Paris. Lá chegado, as lutas operárias com que tomou contato o impressionaram e, como Marx já havia visto a necessidade de aliar a questão política à filosofia, a fim de esta se realizar, este contato foi de grande importância. Enquanto preparava os Anais, Marx escreveu a conhecida Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel
           Os Anais, em seu único número lançado, saíram em fevereiro de 1844, no qual Marx publicará dois artigos: a Introdução à crítica da Filosofia do Direito de Hegel e Sobre a Questão Judaica. Depois disso, Marx viu-se na necessidade de aprofundar os estudos sobre economia e tomou contato com David Ricardo, Adam Smith, James Mill e outros. Ia anotando suas leituras e idéias em algo não feito nem organizado para publicação que, mesmo assim, foi publicado no ano de 1931 sob o nome de Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844 (ou Manuscritos de Paris), no qual desenvolveu sua teoria da Alienação [ou Estranhamento (Entfremdung)]. 
           Em 1842, Friedrich Engels – nascido também na Prússia Renana, na cidade de Barmen, em 1820 –, visita a redação dos Anais e tem um diálogo com o Redator-chefe, não muito entusiástico, Karl Marx. Em 1844 os dois voltam a se encontrar. Engels era filho de um burguês industrial e viajava constantemente para o pai. Numa de suas viagens à Inglaterra, a serviço do pai, estudou o capitalismo inglês e publicou “A situação das classes trabalhadoras (operária) na Inglaterra”, texto que agrada muito Marx e, assim, os dois voltam a se encontrar e tornam-se amigos pelo restante de suas vidas. 
          Marx viveu, em suma, o restante de sua vida dedicado ao estudo da formação social capitalista e a necessidade de sua superação. Quase que a totalidade do seu tempo em uma situação financeira difícil, recebeu ajuda de amigos, entre os quais Engels – que o ajudou muito. 
          No dia 14 de março de 1883, o filósofo prussiano Karl Heinrich Marx morreu após 14 meses de gripe que evoluiu para uma pneumonia.


Salve do Subsolo ao Maior Pensador de todos os tempos!

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