...mas, a pergunta se inverte: o que é humano? Uma Coisa, é claro. Mesmo assim, não é resposta óbvia, nem transparente. Parece que falar em "desumanidade com o brasileiro" é não levar em conta toda a coerção que se dá pelo movimento da sociedade capitalista. Ele, nosso excelentíssimo, outrora 'homem distinto' - é claro, momento histórico diferente, outras situações, outras conjunturas e etc. -, é hoje o indivíduo parcial, tão igual aos seus opositores, apenas com outra roupagem. A aparência engana - a barba ainda impõe certo respeito -, com efeito, no que tange o essencial, é mesma coisa. "Continua tudo a mesma merda, apenas os nomes que mudam", já dizia algo parecido Little Brother em "Braggin and Boasting". Quiça nem os nomes. Por detrás do supuesto militante do fim da ditadura, há milhares de 'ex'(?!)-ditadores. E como, volta-se a questão, é desumano? Sim. É desumano alguém impedir outro alguém de viajar no natal: rever a família, os parentes - próximos ou não, ou mesmo viajar por 'prazer' ou 'lazer'. Bem ou mal, é uma data em que todo mundo fica 'bonzinho'. E porque os trabalhadores não deveriam também o fazer? Porque são 'maus'? Mas, quem são eles? Será que são os reais grandes vilões? Ora, parece que as famosas greves do ABC se apagaram da memória do ex-sindicalista. É muito fácil fazer vilão o imediato e aparente; isto é, o 'grande culpado': o trabalhador fragmentado e dominado. Talvez seja, ainda, desumano que a crítica ainda seja moralizante e ideológica, e não lógica e, de fato, crítica. E agora, José? O que é humano? A pergunta retorna, sem resposta imediata, clara e distinta. Sabe-se que desumano é greve no Natal. Isso se sabe. E o restante? ... Oculto... O que se sabe é que "não é correto e humano".
"E lá se vão meus anéis". Os dedos ficam. Mas em riste. Na face, estatelada, do outro. E sempre esse tal outro. O pior, é quando eu mesmo, este eu que se perdeu sem ter percebido, foi aquele outro, outrora. Mais além, é quando este outro - o de outrora -, perdeu-se da memória. O eu é novo, mais evoluído. Aceita-se corrompido, porém, sempre mais polido. E os anéis se foram. Perderam-se as alianças, a história. Deu-se por vencido. Mas os dedos ficam. E, mais que antes, em riste, na cara do meu-outro perdido.
"Lula diz esperar 'maturidade' de empresas e trabalhadores do setor aéreo
Em rápida entrevista no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar um entendimento de empresários e trabalhadores do sistema aéreo para evitar transtornos à população neste Natal. 'Acho que empresários e trabalhadores devem flexibilizar um pouco. Não é correto e humano alguém impedir que uma pessoa viaje no Natal', disse, logo após participar de solenidade de sanção do marco regulatório do pré-sal, no Palácio do Planalto. Lula relatou que pediu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e do Planejamento, Paulo Bernardo, para buscarem entendimento. 'Eu conversei ontem com os ministros Jobim e Paulo Bernardo para [que] conversassem com as empresas e trabalhadores, para que não abusassem da paciência dos brasileiros', disse. O presidente ressaltou que sempre defendeu o direito de greve, mas que, neste caso, uma eventual paralisação do setor aéreo atingirá as pessoas comuns. 'O que não pode é o povo sofrer os atos inconsequentes de uma má negociação', disse. 'Espero que haja, e tenho certeza de que haverá, maturidade por parte de empresários e trabalhadores', completou."
Subsolo urbano!
...mas, a pergunta se inverte: o que é humano? Uma Coisa, é claro. Mesmo assim, não é resposta óbvia, nem transparente. Parece que falar em "desumanidade com o brasileiro" é não levar em conta toda a coerção que se dá pelo movimento da sociedade capitalista. Ele, nosso excelentíssimo, outrora 'homem distinto' - é claro, momento histórico diferente, outras situações, outras conjunturas e etc. -, é hoje o indivíduo parcial, tão igual aos seus opositores, apenas com outra roupagem. A aparência engana - a barba ainda impõe certo respeito -, com efeito, no que tange o essencial, é mesma coisa. "Continua tudo a mesma merda, apenas os nomes que mudam", já dizia algo parecido Little Brother em "Braggin and Boasting". Quiça nem os nomes. Por detrás do supuesto militante do fim da ditadura, há milhares de 'ex'(?!)-ditadores. E como, volta-se a questão, é desumano? Sim. É desumano alguém impedir outro alguém de viajar no natal: rever a família, os parentes - próximos ou não, ou mesmo viajar por 'prazer' ou 'lazer'. Bem ou mal, é uma data em que todo mundo fica 'bonzinho'. E porque os trabalhadores não deveriam também o fazer? Porque são 'maus'? Mas, quem são eles? Será que são os reais grandes vilões? Ora, parece que as famosas greves do ABC se apagaram da memória do ex-sindicalista. É muito fácil fazer vilão o imediato e aparente; isto é, o 'grande culpado': o trabalhador fragmentado e dominado.
Talvez seja, ainda, desumano que a crítica ainda seja moralizante e ideológica, e não lógica e, de fato, crítica. E agora, José? O que é humano? A pergunta retorna, sem resposta imediata, clara e distinta. Sabe-se que desumano é greve no Natal. Isso se sabe. E o restante? ... Oculto... O que se sabe é que "não é correto e humano".
"E lá se vão meus anéis". Os dedos ficam. Mas em riste. Na face, estatelada, do outro. E sempre esse tal outro. O pior, é quando eu mesmo, este eu que se perdeu sem ter percebido, foi aquele outro, outrora. Mais além, é quando este outro - o de outrora -, perdeu-se da memória. O eu é novo, mais evoluído. Aceita-se corrompido, porém, sempre mais polido. E os anéis se foram. Perderam-se as alianças, a história. Deu-se por vencido. Mas os dedos ficam. E, mais que antes, em riste, na cara do meu-outro perdido.
"Lula diz esperar 'maturidade' de empresas e trabalhadores do setor aéreo
Em rápida entrevista no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar um entendimento de empresários e trabalhadores do sistema aéreo para evitar transtornos à população neste Natal. 'Acho que empresários e trabalhadores devem flexibilizar um pouco. Não é correto e humano alguém impedir que uma pessoa viaje no Natal', disse, logo após participar de solenidade de sanção do marco regulatório do pré-sal, no Palácio do Planalto.
Lula relatou que pediu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e do Planejamento, Paulo Bernardo, para buscarem entendimento. 'Eu conversei ontem com os ministros Jobim e Paulo Bernardo para [que] conversassem com as empresas e trabalhadores, para que não abusassem da paciência dos brasileiros', disse. O presidente ressaltou que sempre defendeu o direito de greve, mas que, neste caso, uma eventual paralisação do setor aéreo atingirá as pessoas comuns. 'O que não pode é o povo sofrer os atos inconsequentes de uma má negociação', disse. 'Espero que haja, e tenho certeza de que haverá, maturidade por parte de empresários e trabalhadores', completou."
Subsolo urbano!