quarta-feira, 28 de julho de 2010

The Abstract: Q-Tip

         Kamaal Ibn John Fareed, ainda por nós conhecido, popularmente, como Q-Tip. Integrante da lendária A Tribe Called Quest que é, sem dúvida, marco na história do rap: deve-se falar antes de A Tribe e depois. Para mim, não há como questionar a sonoridade de Q-Tip. Uma voz inconfundível, um flow original, um som eterno. Q-Tip, mesmo decorrido mais de 10 anos, continua fantástico.
         A ATCQ - composta por Ali Shaheed Muhammad, Phife Dawg e, é claro, Q-Tip - revolucionou toda a linhagem do movimento quando surgiu o primeiro disco - People's Instinctive Travels and the Paths of Rhythm -, no início da década de 1990: a sagacidade do grupo, a utilização sonora de muito Jazz e Funk'70, além de outros estilos, incluindo a música brasileira, uma nova proposta em suas letras, a ATCQ tornou-se, logo de início, o grande marco do rap. Na curta e instigante trajetória, que 'acaba' em 1998 com o fabuloso disco The Love Movement, a A Tribe arregaçou (para falar em 'nosso' dialeto). Bem, ninguém nunca parou de tocar e cantar. E, claro, a A Tribe, seja nos rolês, no círculo dito underground, na história... enfim, ela nunca deixou de existir. E, ainda, ao que tudo indica, voltará.
          Ah, lógico, esperamos que algum Indie Hip Hop seja iluminado por Q-Tip (os boatos dizem sobre o presente ano, mas, vai saber, né?!)
         O que interessa realmente aqui e agora é relembrar. Claro que com sons e vídeos. Portanto...

We've got Jazz!
[vídeos]










[Sons]


Salve do Subolo!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

"A dúvida de Cézanne" [fragmento de um pequeno estudo]

Paul Cézanne: século XIX. Teve amizade com o gigante Zola (Émile Zola). Teve, além disso, uma vida cheia de atribulações; sua obra não foi compreendida em sua época; ele mesmo não foi compreendido. Entretanto, sua pintura supera até tais fatos. 
Bem, a intenção aqui não é ficar falando da vida de Cézanne. Antes, pretende-se colocar um fragmento de interpretação acerca do texto de Merleau-Ponty sobre a obra daquele. Extraído de um texto denso, complicado, mas aprazível, escrito por Merleau-Ponty... Aqui, a pequena tentativa de compreender os dois: um artista fabuloso e um pensador instigante.  

Bem, sem demorar mais, eis algumas obras de Cézanne; o texto, que fica aberto às críticas e etc.; e a satisfação de ter podido ter contato, em algum momento de minha singela existência, com tudo isso.

Salve do Subsolo Urbano!

Auto-retrato com paleta [1885-1887]



A casa do enforcado [La maison du pendu], 1873

Madame Cezanne numa cadeira amarelo (1888-90), Cézanne. 


Flores, 1900

Mount Saint-Victoire 1885


MERLEAU-PONTY, Maurice. A dúvida de Cézanne


Mount Saint-Victoire, 1904-06

“O sentido de sua obra não pode ser determinado por sua vida.”

(MERLEAU-PONTY, A Dúvida de Cézanne, p. 114).


Diferentemente dos impressionistas, que utilizavam as sete cores do prisma, Cézanne usava dezoito. No impressionismo, diz Merleau-Ponty, queria-se restituir a maneira como os objetos atingem a visão e atacam os sentidos: representavam-no, por assim dizer, na sua imediaticidade. Excluíam cores como negro, terra e ocre, e utilizavam apenas aquelas sete cores. Era preciso um jogo de cores para que em uma tela, numa sala de luz tênue, representasse-se, inclusive, a sensação de iluminação do sol. Além disso, não bastava aos impressionistas a cor e o tom local, singular de cada objeto isoladamente. Era preciso “dar conta dos fenômenos de contraste que na natureza modificam as cores locais.” (p. 115). Não obstante, cada cor que a visão capta da natureza dá também a visão da cor complementar e, estas, se exaltam: é preciso dar conta delas. Merleau-Ponty ressalta: “o próprio tom local é decomposto pelos impressionistas”. (Idem). Assim, a tela, justapondo-se as cores ao invés de misturá-las, mesmo não sendo comparável ponto por ponto à natureza, “restabelecia pela ação das partes umas sobre as outras, uma verdade geral da impressão.” (Idem).

Entretanto, em Cézanne isso é diferenciado. Ele queria fazer do impressionismo algo sólido, como que a própria restituição da natureza e não apenas uma impressão. Segundo Merleau-Ponty:

"O uso das cores quentes e do negro mostra que Cézanne quer representar o objeto, reencontrá-lo atrás da atmosfera. Do mesmo modo, renuncia à divisão do tom e a substitui pelas misturas graduadas, por um desenrolar de matizes cromáticos sobre o objeto, pela modulação colorida que segue à forma à luz recebida. A supressão dos contornos precisos em certos casos, a prioridade da cor sobre o desenho não terão evidentemente o mesmo sentido em Cézanne e no impressionismo. O objeto não fica mais coberto de reflexos, perdido em seu intercâmbio com o ar e com os outros objetos, é como que iluminado surdamente do interior, emana a luz e disso resulta uma impressão de solidez e materialidade. Cézanne, outrossim, não renuncia a fazer vibrar as cores quentes, obtém esta sensação colorante pelo emprego do azul." (p.115).

Cézanne “não acha que deve escolher entre a sensação e o pensamento, assim como entre caos e ordem.” (p. 116). Para ele, a pintura deve captar a matéria ao tomar forma, em sua maneira fugaz de aparecer, como a ordem nascendo por uma organização espontânea. Dessa maneira, a linha divisória para Cézanne estava entre essa ordem espontânea das coisas percebidas e a ordem humana das idéias e das ciências. Com isso, os quadros deveriam retratar a impressão da natureza à sua origem. “(...) O gênio de Cézanne consiste em fazer com que as deformações de perspectivas, pela disposição de conjunto do quadro, deixem de ser visíveis por si mesmas na visão global e contribuam apenas, como ocorre na visão natural, para dar a impressão de uma ordem nascente, de um objeto que surge a se aglomerar sob o olhar.” (p. 117).

No quadro que nos propomos a analisar [Mount Saint-Victoire, 1904-06], o azul possui grande destaque, e não por acaso. Cézanne utilizava o azul para, como diz Merleau-Ponty, fazer vibrar as cores quentes e, ainda, traçando vários contornos dessa cor, faz parecer - o objeto pintado - a visão natural, a percepção nascendo no olhar à natureza:

"Não marcar nenhum contorno seria tirar a identidade dos objetos. Marcar apenas um seria sacrificar a profundidade, isto é, a dimensão que nos dá a coisa, não estirada diante de nós, mas repleta de reservas, realidade inesgotável. É por isso que Cézanne vai seguir por uma modulação colorida a intumescência do objeto e marcará em azuis vários contornos. O olhar dançando de um a outro capta um contorno nascendo entre todos eles como na percepção." (p. 117).

Cézanne dizia que para exprimir o mundo a composição de cores deve trazer esse “Todo indivisível”. Como na percepção primordial, não há distinção entre os sentidos, ou, ao menos, não há uma distinção que seja relevante. “A coisa vivida não é reencontrada ou construída a partir dos dados sentidos, mas de pronto se oferece como o centro de onde se irradiam.” (p. 118). Ele queria captar a natureza, a paisagem em sua totalidade, em sua plenitude absoluta.

Na obra de Cézanne, há essa renuncia à divisão do tom e a substituição pelas misturas graduadas, por um desenrolar de matizes cromáticos sobre o objeto, pela modulação colorida que segue à forma, à luz recebida. A utilização do negro e do azul, não definindo por completo o ‘fim’ de um objeto e o ‘começo’ de outro, faz com tenhamos a sensação de uma totalidade da percepção. Contudo, há profundidade, definição pelos vários contornos sem uma divisão estanque, tão pouco uma forma altamente contrastante entre si. A restituição daquela percepção primordial que dizia o artista é dada através da utilização das cores de forma misturada, dando-nos, reiterando, a sensação de uma totalidade captada pelos sentidos, de maneira quase que palpável e com uma vibração como que natural das cores pelo emprego do azul.


Referência

MERLEAU-PONTY, Maurice. "A dúvida de Cézanne". In: Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1975.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Os Gigantes também morrem...

Gigantes morrem. É o fim da infância que anuncia a densidade da morte. Morte de Gigantes; morte que fecha um ciclo que parecia ser infinito. É o fim de uma época e a confusão de outra que chega estabelecida, mesmo contra a vontade que se quer livre, que pensa ser em si e para si. No fim das contas, é tudo uma ilusão. Eles morreram, na maioria, e morrerão. Talvez seja a única coisa certa. O incerto - e há muito de incerteza - é em qual momento entramos. A semelhança com a puberdade, com a vida adulta, é indiscutível. Contudo, o que é ser isso? O que significa ser assim? A falsa moralidade, imposta de fora por algum ser abstraído da alienação vigente, só causa jugalmentos infalíveis e... imorais!
Os Gigantes se foram. Os que não foram, estão indo. Com eles, o Espírito. E, é claro, tal Espírito dorme ao relento, sendo arrastado. Nem se pode dizer que é contra sua vontade. Não tem vontade. É arrastado em seu sono perpétuo de um velho visionário. Ora, ora. O que sobra são migalhas de sinceridade, de autenticidade, de verdade explícita, nua e crua, criada e não imposta. É triste. Aquilo que fez sentido, num momento de extrema importância, hoje sobra em lembranças amargas. Os Gigantes estão indo: é isso que se tem óbvio.
Enfim, os Gigantes foram, morreram, sumiram até da memória. Esta também se foi. Distante dessa falsa moralidade autoritária, o que sobram são resquícios parcos e espassos de propriedade... Os Deuses morreram todos. Sobrou quase nada. Não pela falta e necessidade de Deuses, mas pela escassez de Homens. A vontade clamou por liberdade. Agora está aí, perdida sem saber o que quer. Os Gigantes morreram. Sobrou-nos confusão.
Os Gigantes morrem. Eis a desilusão infantil, o fechamento da alegria, a endurecimento da caminhada. De nada sobrou a não ser marcas profundas, brutas lembranças, que outrora eram doces. A perplexidade causada é mero estranhamento. A moralidade é simplesmente amoral: vai para além de si, já que, esse si, é abstrato, ilusório. Os Gigantes morreram e, com eles, foram todos os pequenos...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

AS MUDANÇAS CONTEMPORÂNEAS NO MUNDO DO TRABALHO: Trabalho Estranhado e Transnacionalização do Capital

[Nota explicativa: Todos os textos ora publicados no Diálogos do Subsolo fazem parte dos meus estudos sobre a categoria trabalho no capitalismo e suas modificações e novas estruturações contemporâneas. É claro, são, em grande parte, introdutórios e indicativos de uma problemática de maior alcance e abrangência. Neste sentido, a intenção é a tentativa teórico-prática de alcançar e entender a estrutura da sociedade atual pensando na idéia de totalidade abrangida pelo trabalho estranhado. As idéias, todos elas, são expressamente baseadas nas leituras de Karl Marx, principalmente daqueles textos da chamada maturidade da teoria marxiana, nos quais o trabalho aparece de forma diferenciada, sendo visto com formação específica na sociedade moderna (vide Capitalismo). Enfim, tais textos aqui publicados são apontamentos para uma superação da dicotomia clássica do Marxismo e, também, visando suprassumir, é claro, o próprio capitalismo. - São aceitas críticas, observações, sugestões de todas as espécies e etc. - Salve do Subsolo]


No final do século XX tende a surgir uma nova estrutura de organização do trabalho em escala mundial. A tomada, em âmbito global, de todos os níveis de relação pelo movimento do capital faz com que o mundo do trabalho se interligue em todo o planeta. Novas formas de organização do trabalho, unidas às precarizações e desestruturações da classe que vive da venda de sua mão de obra ao capital, fazem com que tal globalização reitere uma diferente e única estrutura mundial. Longe de a classe que vive do trabalho sumir, aparecem formas de trabalho que abarcam, a partir do enxugamento do modelo produtivo em vista de um mais eficiente, compondo-se pelos trabalhos de meio expediente, as terceirizações, o alavancamento do terceiro setor, flexibilização do horário e dos modos de trabalho (o que implica numa superexploração do trabalhador), em suma, novos modos de o capital fazer-se crescer a si próprio, sempre em movimento ascendente.   
Desse modo, o trabalho já não está mais centrado totalmente no proletariado industrial. Antes, mesmo que ainda ele seja o nervo central, a organização do trabalho se amplia e, para abarcá-la, faz-se necessário, também, uma ampliação do conceito. Para entender como se configura a classe trabalhadora nesse processo, Ricardo Antunes e Giovanni Alves colocam da seguinte forma:
Compreender, portanto, a classe-que-vive-do-trabalho, a classe trabalhadora hoje, de modo ampliado, implica entender este conjunto de seres sociais que vivem da venda da sua força de trabalho, que são assalariados e desprovidos dos meios de produção. Como todo trabalho produtivo é assalariado, mas nem todo trabalhador assalariado é produtivo, uma noção contemporânea de classe trabalhadora deve incorporar a totalidade dos(as) trabalhadores(as) assalariados(as). (ANTUNES & ALVES, 2004, p. 343).
Ainda assim, é necessário frisar que mesmo com a flexibilização e com o aumento daqueles trabalhos aparentemente improdutivos (isto é, que não criam valor), eles são incorporados pelo capital de maneira tal que auxiliam – mesmo quando parecem se contrapor, ainda que de forma mínima, ao capital – no desenvolvimento do sistema centrado na exploração – agora superexploração – da mão-de-obra (trabalho vivo ou direto), visando a superprodução de mais-valia.
Neste contexto, o mundo do trabalho torna-se cada vez mais transnacionalizado. Ele está interligado, diretamente, em escala global pela produção:
no contexto do capitalismo mundializado, dado pela transnacionalização do capital e de seu sistema produtivo, a configuração do mundo do trabalho é cada vez mais transnacional. Com a reconfiguração, tanto do espaço quanto do tempo de produção, novas regiões industriais emergem e muitas desaparecem, além de inserirem-se cada vez mais no mercado mundial (ANTUNES & ALVES, 2004, p. 341).
Com isso, surge a flexibilização do modo de produção de capital. Isto faz com que o trabalho seja cada vez mais precarizado, tanto pela redução do trabalho especializado e estável, dos vários modos de trabalho que surgem, como, consequentemente, da grande quantidade de desempregados criados por esse processo. A flexibilização, tanto do trabalho quanto, principalmente, do capital, trazida pelo toyotismo, implica na interligação do mundo pelo movimento da produção. Assim,
Com o desenvolvimento da lean production [produção enxuta] e das formas de horizontalização do capital produtivo, bem como das modalidades de flexibilização e desconcentração do espaço físico produtivo, da introdução da máquina informatizada, como a “telemática” (que permite relações diretas entre empresas muito distantes), tem sido possível constatar uma redução do proletariado estável, herdeiro da fase taylorista/fordista. (ANTUNES & ALVES, 2004, p. 337).
Paulo Sérgio do Carmo, em seu texto O trabalho na economia global (1998) reitera a idéia de que está é uma tendência que transforma por completo a relação que anteriormente existia entre trabalho e capital. Diz Carmo:
a produção flexível, longe da rigidez do fordismo, apóia-se na flexibilidade organizacional do trabalho, das formas de contratação do trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Agilidade e eficiência nas tomadas de decisão constituem princípios básicos para a luta pela concorrência. Cada vez mais se estreita o tempo para tomar decisões, exigindo mais rapidez de resposta por parte das instituições públicas e privadas. (CARMO, 1998, p. 46).
E o autor complementa:
Como conseqüência, essa política econômica flexível tem resultado em desemprego, postos de trabalho mal remunerados, retrocesso do poder sindical, destruição de antigas habilidades e construção de novas, além do aumento da capacidade de fabricação de uma variedade de artigos em pequenos lotes a preços baixos e com rápidos giros de estoques. Houve também a flexibilização do processo de produção, capacitando as empresas a responder às diferentes necessidades do consumidor no mercado instável e fugaz. (CARMO, 1998, p. 46).
De tal modo, o capital consegue um feito inédito na história do capitalismo: a subsunção real do trabalhador ao capital (ANTUNES & ALVES, 2004). Fica evidente que o capital, na produção da vida material por meio das várias instâncias do trabalho estranhado (e isso incluí as múltiplas novas formas de organização do mundo do trabalho), ao se abstrair fugindo ao controle daqueles que o produzem, se humaniza na desumanização do trabalhador estranhado: ele se autonomiza coordenando seu próprio movimento e o das esferas submetidas a si. Assim, inclusive a esfera privada do trabalhador é submetida ao capital. Tais esferas são aquelas que envolvem como um todo o trabalhador na produção, incluindo-se as partes conscientes e psicológicas que, na fase anterior do capitalismo, eram somente formalmente submetidas ao capital.
Desde a sua origem, o modo capitalista de produção pressupõe um envolvimento operário, ou seja, formas de captura da subjetividade operária pelo capital, ou, mais precisamente, da sua subsunção à lógica do capital (observando que o termo “subsunção” não é meramente “submissão” ou “subordinação”, uma vez que possui um conteúdo dialético – mas é algo que precisa ser reiteradamente afirmado). O que muda é a forma de implicação do elemento subjetivo na produção do capital, que, sob o taylorismo/fordismo, ainda era meramente formal e com o toyotismo tende a ser real, com o capital buscando capturar a subjetividade operária de modo integral. (ANTUNES & ALVES, 2004, p. 344).
Neste sentido, o capital torna-se fetiche, edificado em sua produção, e tende a tomar e a controlar todas as esferas da vida em sociedade, desde sua própria produção quanto de suas sínteses, as quais a mais expressa é a relação social que também é suprassumida pelo movimento dominador abstrato do capital transnacional.
Sendo assim, a escalada do capital em âmbito global só tende a se contrapor aos indivíduos que vivem da venda de sua mão-de-obra. Em seu movimento autônomo, ele submete todas as instâncias da vida ao seu jugo. E, ao precarizar todas as esferas do trabalho assalariado e fragmentá-lo em várias esferas de organização, torna-se mais fortalecido. Fica patente, portanto, que a transnacionalização do capital torna-o mais forte e eficaz, subsumindo o trabalho ao seu movimento e tornando aqueles que vivem da venda da força de trabalho mais precarizados e instáveis em suas vidas individual e coletiva.      


Referências bibliográficas
ANTUNES, Ricardo & ALVES, Giovanni. “As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital”. IN: Revista Educação & Sociedade. Campinas, vol. 25, n. 87, pp. 335-351, maio/ago, 2004. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br
CARMO, Paulo Sérgio do. O trabalho na economia global. São Paulo: Editora Moderna, 1998.
MARX, Karl. Capital e Tecnologia (Manuscritos de 1861-1863). Traduzido por Elídio Marques [tradução de extrato (pp. 161-164) do original em castelhano Capital y Tecnologia – Manuscritos Inéditos (1861-1863)]. 2009. Disponível em:

___. Maquinaria e Trabalho Vivo: Os Efeitos da Mecanização Sobre o Trabalhador. Traduzido por Jesus Ranieri. 2008. Disponível em:

http://www.marxists.org/portugues/marx/1863/05/maquinaria.htm#r2. Acessado em: 26/05/2010.

NEGT, Oskar; KLUGE, Alexander. “O trabalhador total, criado pelo capital com força de realidade, mas que é falso”. In: ___. O que há de político na política? Relações de medida em política. 15 propostas sobre a capacidade de discernimento. Trad. João Azenha Júnior; colaboração Karola Zimber. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, pp. 103-34, 1999. 
POSTONE, Moishe. Time, labor and social domination: A reinterpretation of Marx’s critical theory. New York: Cambridge University Press, 1993.