Basta-nos saber o que é violência...
Violência é a estrutura de uma sociedade
que oprime, a cada segundo mais, os mais pobres. E também oprime os mais ricos,
pois o capital cria um padrão que anula a autonomia inclusive do burguês
portentoso. Violenta é a forma como são tratadas as pessoas por si mesmas, como
tratam os outros. Violenta é a forma como o Estado se diz democrático. Violenta
é a “forma-sardinha” ao andar de ônibus. Violento são os míseros quilômetros de
linha férrea de trens e metrôs numa das maiores cidades do planeta. Violento
são os programas de TV (aberta ou não) que oprimem o cérebro. Violenta é a
padronização da vida pelo consumo, pelo status. Violenta é a exploração do
trabalho, o trabalho alienado. Violenta são as “ONGs”, sanguessugas sociais e
cínicas. Violenta é a “pseudo-esquerda” que se perdeu desde 1989, e se tornou
direita das mais ferrenhamente cínicas. Violenta é a direita que se transmuta
em fascista. Violento são os programas “jornalísticos” ideológicos que adentram
as casas dos mais pobres (material e espiritualmente). Violenta é a novela.
Violenta é a fachada democrática das universidades, do conhecimento como
semiformação. Violento é o cinismo que transforma todo tipo de preconceito e
anulação das diferenças em “bullying”. Violento é o trocar educação das
crianças por “bens” materiais – violento é o “responsável” por criança que
troca educação, afeto etc., por “bens” materiais, por programas que padronizam,
por falta de própria educação. Violenta são as propagandas direcionadas aos “jovens”
consumidores. Violento é “formar” pessoas no ensino médio sem que saibam ler. Violento
é o formar semi-indivíduos. Violência é falta de vontade para fazer coisas
simples. Violenta é a não percepção dos nexos históricos de cada atitude
aparentemente simples. Violenta é a redução da audição. Violenta é a redução do
conhecimento à técnica. Violenta é a alternância da “segurança pública” entre capitães-do-mato e feitores. Violenta é a pequena-burguesia que finge refletir e só
sabe atacar, como se fosse “crítica”. Violenta é a propriedade privada burguesa.
Violenta é a proteção da propriedade privada pelo Estado. E também a primazia
do capital sobre as vidas humanas. Violência é ser subjugado por tudo isso e
ainda defender essa aberração. Violento é “ter opinião” como verdade absoluta.
Violento é fingir ser politizado e não ouvir nada além do ego. Violento é não
tomar posição e ficar em cima do muro. Violenta é a opressão. A manipulação. A
anulação pelo poder. Violento, então, é o próprio “poder”. Violento é o medo, a
paranoia social. Violento é a espionagem social que controla tudo por câmeras.
Violento é concordar com isso sem o mínimo esforço. Violenta é a pena de morte
autoproclamada pelos capitães-do-mato nas periferias. Violenta é a posição
política que se embasa na vingança pessoal e arbitrária. Violento é dizer de
algo que é “público” e excluir o “público”, concomitantemente. Violento é o
rumo que a vida toma na “calmaria” da hipóstase, da servidão. Caso contrário, não!
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